Vale muito a pena assistir “Shirley Valentine”, uma comédia romântica e dramática com Susana Vieira esbanjando talento e vitalidade no palco do Teatro Adolfo Bloch, na Glória.
O clássico ‘Shirley Valentine’, de Willy Russel, é um dos mais importantes textos do teatro moderno, com encenações premiadas em todo o mundo.
O monólogo apresenta Shirley, uma mulher casada, mãe de dois filhos, que convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. A versão brasileira de Miguel Falabella, dirigida por Tadeu Aguiar, trata com leveza e muito bom humor os dilemas da personagem. Na peça, a protagonista divide com o público suas angústias, buscando entender aonde foram parar seus sonhos. E também as situações inusitadas e pra lá de engraçadas que marcam sua trajetória.
Cansada de conversar com as paredes (nos tempos atuais poderia conversar com a Alexia, né, Falabella?!), Shirley Valentine decide dar uma virada em sua vida e faz uma viagem em busca de encontrar a felicidade e, sobretudo, se reencontrar.
Eu assisti a versão cinematográfica com a atriz Pauline Collins nos anos 80, depois vi a primeira montagem deste clássico no país, no ano de 1991, com a Renata Sorrah ... tempos depois, em 2010, foi remontada pela Beth Faria e, agora, a história foi trazida para os tempos atuais, colocando o texto clássico para a embocadura da atriz Susana Vieira.
Resultado?
Teatros lotados e plateias super satisfeitas por onde a peça se apresentam...
Susana estreou esta versão no Rio de Janeiro em 2017 e passou por Portugal, Porto Alegre/RS, Goiânia/GI, Belo Horizonte/MG e realizou duas temporadas em São Paulo/SP.
Agora, uma única dúvida: porque a mudança no título do espetáculo, que estreou em 2007 com o título de "Uma Shirley Qualquer e, de uns tempos pra cá, passou a usar o título original, "Shirley Valentine"?